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Taxar super-ricos é essencial para combater a fome no Brasil e no mundo

A luta pela aprovação de uma reforma tributária que inclua a taxação dos super-ricos é uma das bandeiras da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A entidade defende que essa medida é crucial para promover justiça social, garantindo que os ricos paguem mais impostos e os pobres, menos.

Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, a necessidade de taxar grandes fortunas ganhou ainda mais força como uma maneira de assegurar recursos para políticas públicas essenciais. Sérgio Nobre, presidente da CUT, destacou que a resistência de empresários e banqueiros tem sido um obstáculo para o avanço dessa proposta no Congresso.

Recentemente, o tema voltou ao centro das discussões internacionais em reuniões preparatórias para o G20, no Rio de Janeiro. A reunião principal do G20, que ocorrerá em Belém, Pará, trará a proposta de um imposto mínimo de 2% sobre bilionários, com potencial de arrecadar até US$ 250 bilhões anualmente. O presidente Lula enfatizou a disparidade crescente da riqueza global, com os bilionários controlando recursos superiores em muitos países.

Antonio Lisboa, secretário de Assuntos Internacionais da CUT, reforçou o alinhamento da entidade com o discurso de Lula sobre a taxação dos super-ricos. Ele argumentou que essa medida é fundamental para financiar políticas de combate à fome e à desigualdade social.

Dados da Revista Forbes mostram que o Brasil ocupa a sétima posição entre os países com mais bilionários, contando com 69 indivíduos cujo patrimônio ultrapassa US$ 1 bilhão. Globalmente, a riqueza dos mais ricos aumentou significativamente, enquanto a classe trabalhadora continua pagando proporcionalmente mais impostos.

Lula, em seu recente pronunciamento, destacou a importância de levar a proposta de taxação dos super-ricos ao G20, com vários países já aderindo à iniciativa. Ele ressaltou a necessidade de um compromisso internacional para erradicar a fome e a pobreza, implementando políticas públicas eficazes.

O presidente também reafirmou suas prioridades: inclusão social, combate à desigualdade, enfrentamento das mudanças climáticas e promoção do desenvolvimento sustentável. Ele criticou a persistência da fome no século 21 e chamou a atenção para a necessidade de decisões políticas para resolver esse problema.

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a ser gerida pela FAO em Roma e Brasília, terá como meta erradicar a fome até 2030. A iniciativa conta com o apoio de várias instituições financeiras internacionais, que prometem contribuir com recursos e mecanismos financeiros.

No Brasil, os dados mostram uma redução na desnutrição de 2,3 milhões de pessoas entre 2020 e 2023, mas a fome ainda é uma realidade para milhões de brasileiros e para centenas de milhões de pessoas no mundo. Lula reafirmou a urgência de ações concretas e a necessidade de uma resposta multilateral eficaz para acabar com a fome.

Com informações da Agência Brasil e CUT.

(foto: Imagem Ilustrativa/Adobe Stock)

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