O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu neste domingo (04/09), o piso salarial da enfermagem. Foi estabelecido o prazo de 60 dias para que os estados, municípios e entidades privadas apresentem através de dados o impacto econômico que tal medida pode causar.

Essa liminar foi uma solicitação da Confederação Nacional da Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que pediu a análise da legislação do Piso Nacional da Enfermagem fixado em R$ 4.750.

Segundo informações repassadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o incremento financeiro necessário para cumprimento do piso será de R$ 4,4 bilhões ao ano para os municípios, de R$ 1,3 bilhões ao ano para os estados e de R$ 53 milhões ao ano para a União.

A presidente da Confetam/CUT e SISERP/CUT Jucélia Vargas, enfatizou que vão continuar na luta para que a categoria tenha o piso salarial garantido. “Não vamos descansar enquanto o piso da enfermagem seja cumprido. Essa luta é histórica e precisa ser respeitada. Os profissionais salvaram o país em meio a uma pandemia que matou mais de 600 mil pessoas. Nada mais justo do que valorizar esses heróis dos hospitais.”